quarta-feira, 5 de março de 2014

Reprodução sexuada

            Este tipo de reprodução exige uma cariogamia dos gâmetas feminino e masculino (isto é, a união dos seus núcleos) para dar origem a um ovo ou zigoto. A este processo dá-se o nome de fecundação. Para que este processo ocorra sem que haja alteração do cariótipo da espécie é necessário que cada gâmeta possua metade do número de cromossomas característico da espécie. Assim, durante a formação dos gâmetas ocorre o mecanismo da meiose. Durante a prófase I (a primeira fase deste processo), os cromossomas espiralizam e realizam um mecanismo com os seus cromossomas homólogos ao qual se dá o nome de crossing over. Este processo consiste na troca de segmentos de DNA que codifiquem uma variação em relação a mesma característica, entre cromossomas homólogos, conduzindo à recombinação de genes. Na terceira fase deste processo, anáfase I, os cromossomas homólogos são enviados para polos opostos de forma aleatória, de modo a originar 2 células diferentes prontas a dividir-se de novo.
Esquema ilustrativo da reprodução sexuada


            A aleatoriedade da fecundação, do crossing over e da ascensão dos cromossomas homólogos na anáfase I contribui fortemente, não só para a variabilidade genética das espécies, mas também para a variabilidade genética dentro da própria espécie (variabilidade intraespecífica). Assim, a reprodução sexuada, ao contrário da reprodução assexuada, permite uma adaptação dos indivíduos muito mais plena às constantes mudanças do meio, também potenciada por alguns tipos de mutações. A reprodução sexuada é, então, fundamental para a sobrevivência e evolução das espécies. 

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